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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Estamos sendo muito bem valorizados em Goiás


Salve! Salve!
Não era para ser assim, mas diante de tamanha indignação terei que inaugurar este blog com um desabafo em relação às atitudes do Governo do Estado de Goiás em relação aos servidores da Educação.

Na qualidade de servidores da Secretaria de Estado da Educação – SEDUC, iniciamos o ano letivo com o novo secretário da Educação tomando várias medidas pensando na "melhoria" da mesma, por exemplo, cortando alguns projetos existentes na secretaria, bem como proibindo a contratação de professores substitutos.

Passado alguns meses de trabalho e de pressões, fomos obrigados a recebermos o nosso pagamento dividido em uma parcela de 80% em uma data e o restante em outra. Acabamos emprestando o nosso dinheiro ao Governo e o que é pior, sem sermos consultados. Assim, muitos colegas estão pagando juros de suas contas, dentre elas da própria CELG, uma estatal que deveria aceitar receber somente 80% da conta em função do acontecido. Alegando que o Estado está falido, a promessa é que tentarão pagar nosso salário na íntegra a partir de julho. Diante disso paro e penso: será que não podemos fazer nada?

As cobranças nas escolas aumentam a cada dia, porém o salário continua o mesmo e dizem que este ano não precisamos nem esperar um aumento. Tá bom né, afinal ganhamos muito e a inflação nem tem aumentando tanto assim o preço dos produtos nos últimos meses, basta olharmos os combustíveis.

Hoje recebemos a notícia de que este mês já cortaram os pagamentos aos dinamizadores dos laboratórios, como o de Ciências e o de Informática, como também irá fazer a respeito das Bibliotecas. Como assim? E os compromissos assumidos por tais funcionários? E as contas a pagar? Como ficarão os recursos didáticos encontrados em tais espaços? Quem na escola ficará responsável por eles?

É um absurdo, somos tratados da pior maneira!

De algumas coisas nós sabemos...o Estado arrecada muito dinheiro; a Educação recebe verba especial; os investimentos não acontecem e o dinheiro some. Aonde iremos parar? As escolas sucateadas, os professores doentes e os alunos ignorantes e analfabetos funcionais. Acho que assim está bom pra eles né!

E ainda somos obrigados a visualizar no site da SEDUC, que o Estado vai permitir que 200 professores participem do IV EDIPE, demonstrando uma valorização profissional. Que valorização profissional é essa? Definitivamente penso que somos tratados como idiotas e o pior é que vejo que o querem de fato é isso, manter-nos na condição de oprimidos e extirpar do grupo aqueles que se incomodam com o status quo, como eu, que acabam não suportando tanto descaso e procuram outros caminhos.

Mas antes que isso aconteça, conclamo a todos:

Professores de todos os países, uni - vós!

Tenho dito!

P.S.: Obrigado SEDUC pela valorização, de fato tenho me sentido muito valorizado enquanto profissional e ser humano.

6 comentários:

Fabíola disse...

Pelo visto, uma nova greve se anuncia no horizonte, certo? Nova greve para, infelizmente, velhas reclamações...

Beijão,

Professor Fernando disse...

Hoje não vejo uma greve como uma saída, pois penso que tal movimento está sendo descaracterizado em função de interesses políticos. Penso que a saída está na consolidação de um grupo, que pode ser muito forte, mas se encontra na condição de oprimido. É preciso tomarmos consciência disso!

Anônimo disse...

Infelizmente somente compreendem essa situação, quem está ou já esteve envolvido com a educação...o que não é o caso dos nossos governantes...Penso que se seus filhos estudassem em escolas públicas,seus pais fossem tratados pelo SUS e eles fossem para o trabalho de ônibus...tudo seria diferente.

taiane cristina disse...

leio este post logo após ter visto a reportagem no JN em que se falava do défict de profissionais da area de tecnologia de informação...onde sobram vagas porque os alunos que saem do ensino médio NÃO DÃO CONTA DE CURSAR A FACULDADE porque o ensino no Brasil NÃO DÁ BASE PARA O CURSO.ALUNOS NAÕ SABEM INGLES E M A T E M Á T I C A!!!!!!!olha...prefessores se esforçam...mas a politica educacional não!somos mesmos obrigados a adimitir que a política do Brasil é de curral eleitoral.

Professor Fernando disse...

Também vi tal reportagem Taiane e fico muito chateado em pensar que a Educação no Brasil é encarada dessa maneira. LAMENTÁVEL.

Abraços a tod@s

Wildson Martins disse...

É no mínimo estranho justificar tais cortes com a desculpa de falencia do estado quando vemos beneficios desses mesmos governantes intactos.
Quanto a descaracterização do movimento grevista, vejo como carencia de uma liderança comprometida. Tanto os movimentos por parte dos profissionais da educação quanto o estudantil refletem uma oposição meramente partidária em instancia politica.
Não posso deixar de ressaltar também o quão lamentável é a falta de reação da sociedade civil.