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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mais algumas "ranzinzolices" minhas

Salve! Salve!

Nos últimos dias, vivenciando minhas novas experiências como vice-diretor/coordenador de turno do colégio em que trabalho no Estado de Goiás, tenho refletido bastante sobre algumas questões educacionais, cujas quais apresento a vocês que me acompanham nessa luta. 

  • Quando iremos perceber que estamos criando gerações ignorantes e de uma enorme apatia social?
  • Quando iremos sair deste estado de inércia em que nos encontramos? Estado este que nos leva a aceitar tudo de forma indiferente.
Lembro-me das aulas de História, que diziam que o Estado veio organizar o estado social das coisas...o Estado Maior representava os anseios e as necessidades sociais. Porém estas mesmas aulas de História também diziam que tudo isso se esvaiu e hoje se transformou em uma utopia. O Estado organiza-se de forma independente e passa a controlar a vida de seus cidadãos. Os nossos representantes, pelo menos é o que deveriam ser, elaboram leis, diretrizes, portarias,etc,etc. que não nos trazem benefício algum, mas não sei dizer porque, acabamos engolindo tudo e cumprindo o que nos é imposto. Seria isso uma alienação? Medo? Acomodação? Descaso?


A escola perdeu a sua função social de formar um cidadão. Não sejamos hipócritas, mas com raras exceções, quase todas as escolas públicas estão muito distantes de formarem um cidadão pleno. Mesmo porque não é a escola que vai garantir essa cidadania, uma vez que o cidadão no Brasil não tem voz. Em muitas comunidades escolares, os direitos de um cidadão passam muito longe das famílias que ali estão. O direito a saúde, a moradia, por exemplo, não existe... um retrato de um país de grandes contrastes.

A sociedade está constituída por pessoas desequilibradas, vítimas de um sistema em colapso. Que pena que não fazemos nada!

Será que é por que o nosso fim está próximo?..rssrsrsrs...antes fosse

Quando permanecemos em uma escola pública no período da tarde por alguns dias conseguimos pensar que de fato, o fim está próximo. Ali conseguimos compreender os principais problemas sociais em seu cerne. Crianças e adolescentes com famílias desestruturadas, sem comida em casa, sem tomar banho, envolvidas com drogas, sem valores morais, sem o mínimo de educação e, principalmente, sem o mínimo de interesse. Os problemas estão ali, mas não são da escola e sim da sociedade.Não deveríamos ter que ouvir que tais alunos não estão em sala porque os professores deveriam dar umas aulas "mais bonitinhas"...e o que é uma aula mais bonitinha? Entra lá então, passe um mês com aqueles garotos e nos ensine o que é uma aula mais bonitinha. Fiz um mestrado em Educação em Ciências, sei o que é dar uma aula mais bonitinha, mas também sei que tais aulas somente não irão solucionar os graves problemas que enfrentamos em uma escola.

Não que eu esteja sendo nostálgico e pensando em um modelo social que não mais irá existir, mas por que não podemos manter alguns valores morais de décadas atrás, já que os mesmos davam certo? Por que o respeito foi deixado de lado? Por que a confiança é artigo de museu? Por que temos que conviver constantemente com o medo?

Novamente eu repito, tudo isso fruto de uma sociedade em crise diante de um sistema em colapso.

Se me perguntarem, mas o que devemos fazer então? Talvez, penso eu, só começando tudo de novo...rsrsrs...mas também quem mandou Portugal colonizar o Brasil e trazer a "nata"dos patrícios para cá. Brasil, o país do jeitinho, do cafezinho, da pizza, do Funk, do futebol....

A única certeza que tenho, é que no mínimo, deveríamos abrir os nossos olhos e sairmos da inercia fatigante em que nos encontramos. Assumirmos que está tudo errado, e que estamos nos tornando vítimas do nosso próprio descaso social. 

Tenho dito!

P.S.: se alguém souber de alguma excursão para Marte me avise, quero a passagem só de ida. Ah, um bilhete da mega-sena acumulada também resolve.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Como os cursos de “formação continuada” oferecidos pelo Estado são bons né...


Esta semana assumi a função de coordenador do turno matutino da escola em que trabalho. Muitos desafios, novas experiências e muito trabalho. A semana está muito tumultuada e começo a ver a escola por uma outra ótica, compreendendo o quão importante é o trabalho em equipe.

O Governo do Estado de Goiás tem realizado inúmeras mudanças na Educação do Estado, com interesses neoliberalistas de mercado economês, tem atuado em diversos segmentos da Educação Pública. Um deles se relaciona com as funções dos gestores e coordenadores das escolas. Pois, agora o coordenador poderá trabalhar apenas na coordenação, porém terá que realizar alguns cursos e atividades oferecidas em outro período. Até ai tudo bem, que venham os cursos.

Assim, dentro de tal propósito, hoje inicie o primeiro curso. Fui informado (de última hora) que teria um curso para participar ainda hoje. Fui na expectativa de receber várias informações a respeito das atribuições de meu novo cargo. Ledo engano!

O curso de “formação continuada”, ministrado por uma pessoa com pouco preparo, foi iniciado com uma dinâmica (a dança das cadeiras). Como penso que a maioria das dinâmicas só serve para perder tempo, nem participo. Assim, logo peguei o celular e fiquei por ali navegando.

A dinâmica foi realizada em partes e a sala saiu prejudicada, pois quebrou-se uma cadeira (isso porque já costuma faltar em muitas escolas). Como o descontentamento da maioria era grande a responsável terminou a dinâmica antes do combinado, pois percebeu que ali não tinha somente pessoas dispostas a perder muito tempo.

Assim, passado este momento triste de se ver e viver...rsrs, vamos a apresentação do Power Point. O tema era sobre o uso dos computadores das salas de informática. Como assim? A primeira reunião com os coordenadores e já me vem com um assunto desses? "Pra" variar, virou uma terapia em grupo, a maioria começou a lamentar (com razão) a atuação situação vivida por nós nas escolas do Estado e sem grandes habilidades a responsável deixou o tempo passar, até que chegou o momento em que eu não mais resisti e fui embora (passado uma hora de enrolação), não podendo contar a vocês como foi o final. Se depender da responsável devem estar lá até agora, contando seus “causos” vivenciados em cada escola.

As perguntas que eu sempre faço nesses momentos são: até quando seremos tratados como idiotas? Quando a formação continuada de qua-li-da-de será oferecida para os professores? Quando o dinheiro deixará de ser tão mal investido assim?

Fico muito indignado e revoltado, pois quem tem um pouco mais de conhecimento teórico-prático sobre a Educação percebe nitidamente que o status quo é mantido “entra governo, sai governo”. Eu quero ir nos cursos, mas também quero sair de lá com a sensação de que não desperdicei meu precioso tempo com discussões que não chegarão à lugar nenhum. Uso aqui uma frase que hoje ouvi de uma colega no curso: “na maioria desses cursos, agente sai pior do que entrou”. Concordo contigo colega, é por isso que quase sempre nunca vou.

Isso é melhoria na Educação senhor Thiago Peixoto? Se o senhor de fato quer melhorias, como divulga nos veículos de comunicação, invista na formação de seus professores. Esqueça os engodos, deixe de lado a hipocrisia e trate-nos como merecemos (por direito) ser tratados.

Tenho dito!