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domingo, 9 de outubro de 2011

Pedra falsa


Olá, meus bons amigos

Hoje venho aqui para relatar um fato acontecido no colégio esta semana, é tão grave e hilariante que não pude deixar de compartilhar com vocês.

Pois bem, vamos ao fato!

Estava eu no colégio, no período vespertino, imprimindo algumas provas de simulado, quando fui informado que havia um cidadão no portão interno do colégio alegando que estava lá para cobrar de um aluno uma pedra falsa que o mesmo havia vendido a ele. Bem, fiquei meio sem entender e fui tirar a limpo tal história.
Quando chego diante do cidadão, um senhor mal vestido e aparentando uns 30 anos de idade, o mesmo me diz:

- O senhor é o que aqui? É o diretor?
- Não, sou o vice-diretor? O que o senhor deseja?
- É o seguinte, eu comprei esta pedra aqui (me mostrando uma pequena pedra de crack na mão), mas ela é falsa, então vim aqui cobrar o meu dinheiro de volta.

Como assim? É isso mesmo meus caros, o cidadão foi no colégio com uma pedra de crack na mão para devolvê-la e pegar seu dinheiro de volta. Surreal, mas tem outras coisas mais graves que virão pela história.
Bem, poderia ter dito a ele: - Meu senhor, já faz mais de 7 dias que o senhor efetuou a compra? Foi pela internet? O produto está lacrado? Ligue para o SAC ou procure o PROCON.
Enrolamos o mesmo por ali, pois o diretor já havia chamado a Polícia. Enquanto isso, fomos atrás do aluno para esclarecermos o fato.
Quando olho no pátio do colégio, vejo o coordenador aparecer com uma criança “franzina”, meio receosa, e com apenas 10 anos de idade...sim foi este que “deu o tombo no cidadão”.
Até que chega a Polícia Militar e quando é informada do caso, dá uma risada, pois não acredita na situação. Conversa vai, conversa vem, o Policial nos diz:

- A situação é a seguinte, se alguém da escola nos acompanhar até a delegacia, encaminharemos o meliante para lá e será registrado o BO. Mas, isso ai não vai dar em nada.

Kkkkkk...tá, eu vou na delegacia, me indisponho com o cidadão, já sabendo que não vai dar em nada e depois volto para o colégio para esperar o cidadão me abordar na saída? Um absurdo, não é?

O policial continua:

- Caso, vocês não queiram ir, daremos um corretivo nele e o soltaremos.

Enquanto isso, nosso coordenador entrava em contato com a mãe do aluno. Mãe esta, que estava trabalhando e disse que não poderia ir no colégio para resolver aquele problema e que já não era novidade para ela. O aluno alegou que havia sido o primo dele que vendeu, por 10 reais, a pedra falsa. Apuramos no colégio que ambos têm um histórico envolvido com o tráfico.

Moral da história: o caso não deu em nada.

Considerações:
·         A que ponto um cidadão viciado chega? Perde a noção de certo e errado. Perde o medo.
·         Quando achamos que os professores estão de mãos “atadas”, percebemos que os policiais também. Por isso, o cidadão faz o que quer na escola e fora dela.
·         Onde estão as famílias dessas crianças? No trabalho, quando existem?
·         O que a escola pode fazer para melhorar seus índices, diante de problemas sociais tão graves como este?

Salve! Salve!

2 comentários:

Fabiana disse...

Infelismente essa realidade predomina em Anápolis e nos demais municípios do nosso país...Que país é esse? Que famílias são essas? O que será de nossas crianças?
Abraço!

pedablogando disse...

SÓ JESUS NESTA CAUSA HEIM??
o pior é que se fosse só por aí...ainda poderíamos da um desconto e tentar resolver dando um "jeitinho".
Mas é pra todo canto desse país!
O melhor é que essas criançs serão o futuro do nosso Brasil.Ainda vamos nos deparar com elas em hospitais, delegacias, escolas, empresas de engenharias...rs.
um abraço
Taiane Cristina